terça-feira, 1 de setembro de 2009

Coluna do Deka May do Jornal Diário do Sul (terça, 1º/09/2009)

Independência
"Independência nada mais é do que ter poder de escolha. Não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com quem quero, porque quero".

Mensagem
"Nunca despreze os pequenos quando estiver subindo, pois poderá encontrá-los".

Movimenta-Cão
“Caro Amigo Deka May - Mais uma vez ficaríamos muito gratos se o amigo pudesse divulgar em sua coluna. Trata-se de um singelo agradecimento a todos os que, de uma forma ou de outra, contribuíram ou estão propensos a encarar a luta em prol dos cães de rua. Aprendi uma grande lição contigo e, te confesso, que foi de grande valia, ou seja, generalizar os agradecimentos. Contudo, muito obrigado, Deka! Destaco a minha felicidade em cientificar a todos que “conseguimos” dar um grande passo rumo aos nossos objetivos. Foi autorizado pela Câmara de Vereadores de Tubarão que a prefeitura firmasse um convênio com o MovimentaCão. Certamente foi uma conquista de todos, dos membros e parceiros da nossa ONG, dos cuidadores, dos vereadores que transferiram apoio, confiança e responsabilidade, bem como o comprometimento de juntos buscarmos uma solução definitiva para a questão dos cães de rua. Conquista do Poder Executivo que, na pessoa do dr. Manoel e sua equipe, atenderam o pleito, ora autorizado pelos vereadores. Glória da imprensa de modo geral, de forma imparcial e ética, inspiraram e sensibilizaram muitos a contribuir com o MovimentaCão. Por fim, destacamos, ainda, que o fruto desta conquista, por termos persistido, deve-se ao fato de a comunidade estar contribuindo com a ONG e/ou diretamente auxiliando os cuidadores. Agradecemos a todos! Cabe realçar que estamos diante de um longo caminho a percorrer, e para conseguirmos chegar ao final deste deve haver o comprometimento harmonioso, ético e responsável de todos, sem picuinhas ou ciumeiras. Devemos, sim, dividir e assumir as responsabilidades, pois será mais fácil ultrapassarmos as adversidades pelas quais porventura nos depararmos. Sabemos que o município tem inúmeros problemas a serem resolvidos e temos o dever, como cidadãos, de contribuir para que todos sejam solucionados. O que não se pode admitir é que alguns sejam ignorados e/ou não compreendidos. Entendemos que há confusão quando alguns tentam comparar o problema dos cães com o problema das crianças sem creches, escolas e com dificuldades de acesso à saúde. O fato é que são problemas distintos e ambos devem ser encarados com seriedade e responsabilidade. Um não exclui o outro. Podemos destacar, por exemplo, que muitos de nós, integrantes da ONG MovimentaCão, também somos solidários e contribuímos de alguma forma para minorar os problemas das crianças carentes do nosso município. Mas enfatizamos que, no tocante aos cães, já se configura um caso de saúde pública e maus tratos aos animais, e se não tomarmos logo as providências técnicas e sensatas perderemos o controle da situação. É um fato. A autorização do convênio já é um sinal positivo, onde se busca uma solução coerente. Atenciosamente, Francisco de Assis Beltrame - presidente da ONG MovimentaCão”. Está feita a gentileza, ou melhor, a obrigação!

A lei anti-fumo
A gente recebe e, por dever, repassa: “A lei sancionada não permite mais em Tubarão o consumo de cigarros e afins em ambientes fechados. A regra vale para bares, restaurantes e até boates. Isso não é discriminação? Violação do direito de liberdade? O estabelecimento deveria ter a opção de escolha. Nos restaurantes essa lei é valida, mas em bares e boates entra quem desejar e o dono do estabelecimento deveria ter a liberdade de escolha por um ambiente para fumantes ou não fumantes. É uma vergonha como o cidadão de bem é tratado na sociedade atual, é mais fácil ser bandido. Agora só me falta um baseado, sou apenas usuário e fumo onde desejar. Onde vamos parar? Vamos proibir a bebida, aquela cervejinha e os jogos também, pelo menos mudar os horários, segunda de manhã evita concentração e dará menos problemas. Alguém fez uma pesquisa entre as pessoas que frequentam esses estabelecimentos? Apenas os recalcados é que dão sugestão e quem deseja parar de fumar que crie vergonha na cara e pare. E essa história de fumantes passivos, vocês fazem coisas bem piores. Não sou fumante. Atenciosamente, Roger”. A lei é polêmica, e o leitor, claro, tem suas razões.

Mazzorapada
E-mail recebido, lido e democraticamente dividido com os leitores: “Oh! Que saudades que tenho; Da aurora da minha vida; Da minha infância querida; Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores; Naquelas tardes fagueiras; À sombra das bananeiras; Debaixo dos laranjais! É assim que a população tem olhado para o Legislativo de Tubarão, com saudades dos bons tempos, onde os problemas sempre tiveram lugar cativo, porém, nunca levados a público, comprometendo e envolvendo a pessoalidade, o individualismo e a vaidade. A Câmara de Tubarão tem recebido um bom público, as rádios têm alcançado altos índices de audiência na terça-feira e na sexta-feira, não pela qualidade da pauta ou da programação, mas para ver ou ouvir qual será ou foi o último show. Tem sido um espetáculo a parte as sessões do Legislativo. Um show que nos lembra uma Mazzaropada, isto mesmo, parece um filme do Mazzaropi. Alguns são bem aconselhados para resgatarem a dignidade, recebendo o conselho acorda enquanto é tempo, mas parece que eles entendem diferente, pensando que a corda está em cima do poço. Como em casa de enforcado não se fala em corda, a vida segue. Abraços. Delourdes Favari”. E assim, então, a vida segue, e cada qual no seu caminho!!!

O monge e o escorpião
“Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, se meteu na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio, o escorpião o picou. Devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
- Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:
- Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha”.

Fonte: http://www.diariodosul.com.br/colunistas/deka.htm